Violência nas escolas foi tema de debate na Câmara
A Escola precisa permanentemente estar aberta para a comunidade do bairro, integrando estudantes, professores, responsáveis e moradores em atividades educativas, profissionais, culturais e esportivas. Esse foi o principal caminho apontado para a redução da violência escolar em Belém, durante audiência pública realizada pela Câmara Municipal, nesta sexta-feira, 26.
A audiência, coordenada pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Casa de Leis, teve o objetivo de debater os altos índices de violência escolar, registrados principalmente nos estabelecimentos da periferia. O espaço também lançou a idéia de criar o Fórum Municipal de Combate à Violência nas Escolas de Belém, a ser lançado oficialmente no dia 9 de outubro, as 17h, durante um seminário na Escola Estadual Mário Chermont, no bairro da Cremação.
Na opinião do presidente da audiência e integrante da Comissão de Educação da Câmara, não se pode mais permitir que “nossos alunos matem ou morram na frente das escolas. O enfrentamento do problema é necessário. Mas isso deve acontecer através de uma mobilização civilizatória e não baseada na guerra, com armas na mão”. Para o vereador do PT, assim como para a maioria dos participantes do debate, as escolas precisam ser ocupadas pelas comunidades em tempo integral e não mais somente de segunda a sexta-feira.
O Diretor de Educação para Diversidade, Inclusão e Cidadania da Secretaria de Estado de Educação - SEDUC, professor Wilson Barroso, defendeu que o Estado já começou a trilhar esse caminho, ao lançar, em 2007, o programa estadual escolar “Portas Abertas”. Para uma platéia de aproximadamente 40 estudantes da Escola Estadual Mário Chermont, o professor explicou o funcionamento do projeto que já atingiu, desde sua implantação até agora, 220 colégios. “Com o projeto, a Seduc trás essa possibilidade de fazer o enfrentamento da violência abrindo as portas das escolas para a comunidade também nos fins de semana, com oferta de oficinas para geração de emprego e atividades que ajudam a estimular uma cultura de paz, envolvendo e integrando toda a comunidade do bairro onde a escola funciona”,
Na visão do educador, a questão da violência escolar é extremamente complexa e não se resolve com presença policial na frente da escola, nem levantando muros. Para ele, essas medidas paliativas representam apenas a ponta do iceberg. “São ações pontuais, não atacam o cerne da questão que é fundamentalmente de educação e envolve vários pontos, como condição de vida, desestruturação familiar, ausência de políticas públicas nos bairros e a cultura de massa que ultimamente só faz estimular o ambiente que eu chamo de “fuleragem cultural”, analisou o professor.
A Presidente da União Paraense dos Estudantes - UPES, Nelma Neves, avalia que a violência não está restrita ao muro das escolas, mas, já alcançou a todos os setores da sociedade. Para ela, o espaço escolar deixou de ser um ambiente de convivência saudável, por que não procura estimular políticas voltadas para a os estudantes e professores, que além de mal remunerados, estão sobrecarregados de atividades que impedem de cumprir o seu papel de educador em sala de aula. Nelma ainda defendeu que as escolas devem sempre estar com as portas abertas todos os dias da semana para a qualificação da comunidade e não somente nos fins de semana como quer o programa Portas Abertas do Governo do Estado. “É preciso garantir um espaço de convivência, onde o aluno possa aprender as disciplinas da grade curricular e também desenvolver a prática da arte, do esporte e se aperfeiçoar enquanto cidadão. Isso tem que ser possibilitado em todos os dias da semana” defendeu Nelma.
Na análise da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Pará, para combater a violência nas escolas é preciso entendê-la em três níveis. De acordo com o advogado Fernando Amoras, Presidente da Comissão de Assuntos Penais, essa violência acontece “na escola, para a escola e da escola”. Apesar de não tecer mais detalhes acerca desse pensamento, o representante da OAB defende a mudança de conteúdo na grade curricular, a fim de torná-la menos cansativa e mais estimulante. A OAB também defendeu a contratação, dentro de cada unidade escolar, de profissionais especializados nas áreas da assistência social e psicologia, como forma de garantir o acompanhamento do aluno. “Os professores estão sobrecarregados de um modelo colonial de ensino, que não tem mais eficiência e nem eficácia. A atuação do psicólogo e do assistente social na escola ajudaria a diagnosticar o público problema, aquele que falta aula e retiraria das costas do professor essa sobrecarga”, disse o advogado.
No entender do aluno Luiz Fernando, 16 anos, da Escola Estadual Mário Chermont, todo problema de violência nas escolas passa pela falta de oportunidades, tanto para os alunos como para a comunidade do entorno. Ele avalia que as escolas devem abrir as portas dos laboratórios de informática todos os dias da semana para a comunidade. “A gente tem que ir para a escola para aprender e se sentir bem. Para isso, é preciso construir políticas voltadas para os estudantes e abrir novas oportunidades”, concluiu.
A audiência, coordenada pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Casa de Leis, teve o objetivo de debater os altos índices de violência escolar, registrados principalmente nos estabelecimentos da periferia. O espaço também lançou a idéia de criar o Fórum Municipal de Combate à Violência nas Escolas de Belém, a ser lançado oficialmente no dia 9 de outubro, as 17h, durante um seminário na Escola Estadual Mário Chermont, no bairro da Cremação.
Na opinião do presidente da audiência e integrante da Comissão de Educação da Câmara, não se pode mais permitir que “nossos alunos matem ou morram na frente das escolas. O enfrentamento do problema é necessário. Mas isso deve acontecer através de uma mobilização civilizatória e não baseada na guerra, com armas na mão”. Para o vereador do PT, assim como para a maioria dos participantes do debate, as escolas precisam ser ocupadas pelas comunidades em tempo integral e não mais somente de segunda a sexta-feira.
O Diretor de Educação para Diversidade, Inclusão e Cidadania da Secretaria de Estado de Educação - SEDUC, professor Wilson Barroso, defendeu que o Estado já começou a trilhar esse caminho, ao lançar, em 2007, o programa estadual escolar “Portas Abertas”. Para uma platéia de aproximadamente 40 estudantes da Escola Estadual Mário Chermont, o professor explicou o funcionamento do projeto que já atingiu, desde sua implantação até agora, 220 colégios. “Com o projeto, a Seduc trás essa possibilidade de fazer o enfrentamento da violência abrindo as portas das escolas para a comunidade também nos fins de semana, com oferta de oficinas para geração de emprego e atividades que ajudam a estimular uma cultura de paz, envolvendo e integrando toda a comunidade do bairro onde a escola funciona”,
Na visão do educador, a questão da violência escolar é extremamente complexa e não se resolve com presença policial na frente da escola, nem levantando muros. Para ele, essas medidas paliativas representam apenas a ponta do iceberg. “São ações pontuais, não atacam o cerne da questão que é fundamentalmente de educação e envolve vários pontos, como condição de vida, desestruturação familiar, ausência de políticas públicas nos bairros e a cultura de massa que ultimamente só faz estimular o ambiente que eu chamo de “fuleragem cultural”, analisou o professor.
A Presidente da União Paraense dos Estudantes - UPES, Nelma Neves, avalia que a violência não está restrita ao muro das escolas, mas, já alcançou a todos os setores da sociedade. Para ela, o espaço escolar deixou de ser um ambiente de convivência saudável, por que não procura estimular políticas voltadas para a os estudantes e professores, que além de mal remunerados, estão sobrecarregados de atividades que impedem de cumprir o seu papel de educador em sala de aula. Nelma ainda defendeu que as escolas devem sempre estar com as portas abertas todos os dias da semana para a qualificação da comunidade e não somente nos fins de semana como quer o programa Portas Abertas do Governo do Estado. “É preciso garantir um espaço de convivência, onde o aluno possa aprender as disciplinas da grade curricular e também desenvolver a prática da arte, do esporte e se aperfeiçoar enquanto cidadão. Isso tem que ser possibilitado em todos os dias da semana” defendeu Nelma.
Na análise da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Pará, para combater a violência nas escolas é preciso entendê-la em três níveis. De acordo com o advogado Fernando Amoras, Presidente da Comissão de Assuntos Penais, essa violência acontece “na escola, para a escola e da escola”. Apesar de não tecer mais detalhes acerca desse pensamento, o representante da OAB defende a mudança de conteúdo na grade curricular, a fim de torná-la menos cansativa e mais estimulante. A OAB também defendeu a contratação, dentro de cada unidade escolar, de profissionais especializados nas áreas da assistência social e psicologia, como forma de garantir o acompanhamento do aluno. “Os professores estão sobrecarregados de um modelo colonial de ensino, que não tem mais eficiência e nem eficácia. A atuação do psicólogo e do assistente social na escola ajudaria a diagnosticar o público problema, aquele que falta aula e retiraria das costas do professor essa sobrecarga”, disse o advogado.
No entender do aluno Luiz Fernando, 16 anos, da Escola Estadual Mário Chermont, todo problema de violência nas escolas passa pela falta de oportunidades, tanto para os alunos como para a comunidade do entorno. Ele avalia que as escolas devem abrir as portas dos laboratórios de informática todos os dias da semana para a comunidade. “A gente tem que ir para a escola para aprender e se sentir bem. Para isso, é preciso construir políticas voltadas para os estudantes e abrir novas oportunidades”, concluiu.
Reportagem do site da Câmara de Vereadores
É importante ressaltar que essa Audiência foi provocada pela União Paraense dos Estudantes junto ao Vereador Paulo Fonteles, devido ao aumento da violência nas escolas da Capital. Pois esta Diretoria tem o Estudante como prioridade e sendo assim criamos o FÓRUM CONTRA A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS, que tem como meta envolver toda a comunidade dentro e fora das instituições e principalmente todos os poderes: executivo, legislativo e Judiciário para que juntos possamos travar ações que venham a amenizar a violência de maneira coerente e eficaz.